O método de história de vida em pesquisas sobre auto-percepção de pessoas com necessidades educacionais especiais - (2009)

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Rosana Glat, Márcia Denise Pletsch

Volume: 22 - Issue: 34

Resumo. O presente texto discute a auto-percepção de pessoas estigmatizadas por possuírem deficiência intelectual (mental), sensorial e /ou física; transtorno global do desenvolvimento (autismo, psicose, etc) ou altas habilidades/superdotação. Para tal, analisa um conjunto de pesquisas (teses e dissertações) no campo da Educação Especial em programas de Pós-Graduação em Educação e Psicologia de universidades brasileiras. Todos os estudos tiveram como referencial teórico-metodológico o Método de História de Vida, o qual utiliza como instrumento principal de coleta de dados a entrevista aberta, sem um roteiro prédeterminado. Os dados analisados evidenciaram a validade do método de História de Vida para pesquisas em Educação Especial e outras áreas das chamadas Ciências Sociais e Humanas Aplicadas, por, entre outros aspectos, permitir uma visão descritivo-analítica global da situação ou grupo investigado. Este tipo de metodologia desvenda não só as necessidades e expectativas desses grupos de sujeitos, porém, talvez mais importante, a forma como os serviços e profissionais a eles destinados estão sendo (ou não) efetivados. Pesquisas de História de Vida portanto, além da análise da experiência cotidiana, tem, em si um impacto propositivo, já o sujeito ao relatar suas experiências de vida, também reflete e assinala suas necessidades e estratégias de adaptação ou superação das restrições impostas pela sua condição estigmatizada. Palavras-chave: Método História de Vida. Auto-Percepção. Estigma. Educação Especial.

Idioma: Portuguese

Registro: 2024-10-19 22:38:47

https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/268

10.5902/1984686X74660