Déficit ou diferença? Um estudo sobre o autismo em pesquisas educacionais - (2019)
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Andrea Soares Wuo, Fabiana Batista Yaedu, Sheila Wayszceyk
Volume: 32 - Issue: 1
Resumo.
O autismo foi identificado por volta de 1940 e desde essa época sua abordagem pauta-se
em critérios diagnósticos que o explicam a partir de dificuldades, déficits ou atrasos, de
acordo com o modelo médico. A partir dos anos 2000, surgem outros modos de pensar o
autismo, como o movimento da neurodiversidade, com o intuito de superar as dicotomias
entre o normal e o patológico e compreender o autismo como diferença. Com base nos
estudos críticos sobre o autismo, este artigo buscou analisar, por meio de revisão de
literatura, as explicações sobre autismo em teses e dissertações sobre inclusão escolar,
produzidas entre 2008 e 2018. Foram encontradas 106 produções, 52 relacionadas à área
da educação e 22 que compuseram o corpus deste artigo. As pesquisas foram
categorizadas a partir de dois modelos: médico e crítico. Os resultados revelam que a
maioria dos estudos se orienta pelo modelo médico e, dentre aqueles que se inserem na
categoria “modelo crítico”, as explicações perpassam diferentes abordagens teóricas, como
a fenomenologia, a psicologia histórico-cultural e a psicanálise. Analisar as pesquisas
trouxe uma multiplicidade de narrativas sobre o autismo e a percepção de que cabe romper
com a naturalização dos discursos e a hierarquização das ciências naturais sobre as
humanas, garantindo reconhecimento do outro como sujeito de direito e ator social.
Keywords: autismo, estudos críticos, pesquisa educacional
Idioma: Portuguese
Registro: 2024-08-17 14:52:39
https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/38975/pdf