Os movimentos sociais populares como educadores: contribuições teóricas e políticas - (2012)
Acessos: 34
Telmo Marcon
Volume: 37 - Issue: 3
Resumo.
http://dx.doi.org/10.5902/198464444139
O artigo tem como objetivo aprofundar a dimensão educativa dos movimentos sociais populares e, desse ponto de vista, busca identificar suas potencialidades educativas críticas e emancipatórias. A questão central é como os movimentos sociais populares constituem-se em educadores, não apenas para seus militantes, mas também para as organizações sociais, o estado e a sociedade como um todo. Ao procurar dar conta desse desafio, parte-se das contribuições de Boaventura de Sousa Santos para fundamentar uma crítica à epistemologia hegemônica, especialmente à monocultura do saber e do tempo linear, contrapondo-a à epistemologia do sul com destaque para as ecologias dos saberes e das temporalidades. Para dar fundamentação à perspectiva das temporalidades buscam-se, também, as contribuições de Walter Benjamin e Edward Thompson. Por fim, faz-se a análise de uma experiência de organização de agricultores sem terra, no início da década de 1980, na Encruzilhada Natalino, Ronda Alta(RS). Esse acampamento é fundamental não apenas por contribuir decisivamente na organização do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), mas também pela dimensão educativa de seus militantes, assim como na formação de lideranças e na formulação de outros pressupostos, especialmente em relação às políticas fundiária e agrícola.
Palavras-chave: movimentos sociais populares; educação; política.
Idioma: Portuguese
Registro: 2024-08-17 14:43:03