Estabelecimento de uma cultura de tardígrados limno-terrestres em laboratório e desenvolvimento de metodologias alternativas de desidratação de tardígrados - (2012)

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André Arashiro Pulschen, Silvava Perissatto Meneghin

Volume: 10 - Issue: 1-2

Abstract. Tardígrados (Filo Tardigrada) são animais invertebrados conhecidos como ursos d’água, que existem em quase todas as localidades do planeta, encontrados do Ártico até a Antártida, alto do Himalaia até 6000 m de profundidade oceânica. A presença dos animais em ambientes tão diversos se deve à sua capacidade de entrar em criptobiose, estado induzido por condições adversas, no qual os animais sobrevivem à desidratação, temperaturas de -192 °C até acima de 100 °C, pressão de 7500 Pa, níveis de radiações de 7000 Gy, entre outras condições. Atualmente, o filo tem sido mais  investigado, em razão da sua capacidade de tolerar condições extremas, as quais são interessantes do ponto de vista biotecnológico. Também possui importância para estudos de filogenia de metazoários, estudos de evolução e tambem para a astrobiologia. Não existem relatos de trabalhos de criptobiose e cultivo dos animais no país, sendo o primeiro do gênero. O trabalho buscou estabelecer uma cultura de tardígrados limno-terrestres em laboratório, isolados da natureza e também encontrar metodologias alternativas ao uso de dessecadores químicos para a desidratação e testes de anidrobiose. Estabeleceu-se com sucesso um cultivo do tardígrado Macrobiotus hufelandi, utilizando-se a microalga Chlorella vulgaris como alimento, em pequenos recipientes plásticos de aproximadamente 30 mm de diâmetro e 20 mm de altura, realizando-se a troca do alimento e da água a cada dois dias. As metodologias de desidratação propostas alcançaram índices de sobrevivência de 70 e 77,73%, similares aos relatados na literatura, podendo constituir alternativas mais simples para estudos com anidrobiose. Palavras chave: Tardigrada. Cultivo em laboratório. Criptobiose. Desidratação.

Language(s): English

Language(s): 2024-08-21 21:25:32

https://portalperiodicos.unoesc.edu.br/evidencia/article/view/1245

10.18593/eba.v8i1-2.1873