Ausência e sujeição ao presente: a propósito da ontologia destes tempos em Michel Foucault - (2021)
Acessos: 46
Francisco Vítor Macêdo Pereira
Volume: 21 - Issue: 1
Resumo.
A consolidação irrecusável de um regime de expansão-consumo-tolerância retifica toda manifestação simbólica do presente em uma vida comum. Os sintomas da hodierna civilização do consumo, nas subjetividades e em seus corpos, resumem a composição de sucessivas ordens - das relações individuais e coletivas - sob os signos do desenvolvimento econômico, das garantias jurídicas, da erotomania vulgar e das liberalidades banais; que se imantaram, sequazes, em todos os níveis de experiências e culturas no tempo presente. Os signos e os códigos atuais, de uma espécie de indiferença generalizada, convolam todas as complexas estruturas e performances de poder em roteiros cada vez mais precisos, sobre os quais a dessubstancialização do real e as experiências de uma paroxista ausência fazem-se ontologicamente imprimir. Em nossa tentativa de análise e desprendimento frente à novíssima (ir)realidade da tecnologia, do controle e do consumo sem travas, evocaremos ao último Foucault, que formula - na síntese de uma original ontologia do presente - a perspectiva de inéditas disposições éticas dos sujeitos e seus corpos, especificamente por meio da atualização da singular estetização de suas próprias existências.
Keywords: Ontologia do presente; Estética da existência; Sujeito; Corpo; Ética de si.
Idioma: Portuguese
Registro: 2024-08-17 14:45:13
https://www3.ufrb.edu.br/seer/index.php/griot/article/view/2095