Enativismo e conhecimento prático - (2019)
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Rodrigo Benevides Barbosa Gomes
Volume: 19 - Issue: 3
Resumo.
Em Ser e Tempo (1927), Heidegger argumenta que o conhecimento primordial do Dasein se dá no manuseio de entes mundanos. Merleau-Ponty, por sua vez, descreve na Fenomenologia da Percepção (1945) que o conhecimento é, antes de tudo, uma intencionalidade corporal intraduzível em termos proposicionais. Mais tarde, em What Computers Can’t Do (1972), Hubert Dreyfus usa a obra de ambos para apontar os equívocos do paradigma cognitivista, isto é, a abordagem dominante do então nascente campo da inteligência artificial. Finalmente, em The Embodied Mind: Cognitive Science and Human Experience (1991), a noção de enativismo - elaborada por Francisco Varela, Evan Thompson e Eleanor Rosch - surge como uma tentativa de tomar do cognitivismo e do conexionismo a hegemonia nas ciências cognitivas. Dito isso, o objetivo do artigo consiste em descrever o enativismo e apontar sua herança fenomenológica.
Keywords: Enativismo; Fenomenologia; Heidegger; Merleau-Ponty; Francisco Varela.
Idioma: Portuguese
Registro: 2024-08-17 14:45:16
https://www3.ufrb.edu.br/seer/index.php/griot/article/view/1296