Da partitura à ação - (2021)

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Daniela Carvalho de Avellar

Volume: 13 - Issue: 31

Resumo. Quando a partitura deixa de ser uma inscrição com objetivos substancialmente representacionais, ela assume uma direção mais operacional, indicativa de ações. Não à toa, a forma partitura passa a ser amplamente utilizadas por artistas das vanguardas dos anos 60 que buscavam reconfigurar a noção de objeto de arte, antes muito fechado e derivativo, partindo para proposições mais performativas e distribuídas. O marco do ganho de autonomia formal da partitura é localizado na obra do compositor John Cage – sua posição de converter música em som e vice e versa acaba inaugurando um regime onde tudo soa. O movimento Fluxus está inscrito em uma dinâmica estética de ritualizar os hábitos do cotidiano, prolongando as ocorrências comuns para a temporalidades dos acontecimentos. Neste escrito tento pensar as aproximações teóricas entre ambos balizados pela questão da linguagem, uma vez que tanto as partituras-acontecimento como os procedimentos “cageanos” se utilizam de uma temporalidade performativa em relação à escrita e à leitura, assim como em relação à escuta.

Keywords: Fluxus, Partitura, John Cage

Idioma: Portuguese

Registro: 2024-08-17 14:49:48

https://periodicos.udesc.br/index.php/palindromo/article/view/20333

10.5965/2175234613312021135