Memória e imagem nas obras de Juliana Crispe - (2018)
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Francine Regis Goudel
Volume: 10 - Issue: 21
Resumo.
O presente artigo apresenta o processo de criação da artista visual Juliana Crispe (Florianópolis, 1982). As proposições de Juliana apontam direções a serem pensadas com principal base no conceito de memória, e em como as lembranças de sua vida possibilitam o subsidio criador de seus objetos artísticos. O texto apresenta um caráter biográfico, da relação vivida entre autora e artista, e por vezes insinua um tom pessoalizado e afetivo. A maneira de escrita adotada é proposital, pois apresenta um dos fatores disparadores para entrada da obra de Juliana: torna-se parte constitutiva do processo artístico. O fio condutor do artigo é a história de Ireneo Funes, personagem criado por Borges, figura adequada para tecer as analogias e convergências de duas fabulações de memória. Algumas postulações de autores como Henri Bergson, Jacques Derrida e Didi-Huberman, possibilitam ampliar os conceitos abordados e entrar no mundo de ressignificação da artista, oportunizando uma reflexão sobre como as obras surgem e passam a transmitir, de forma poética, toda sua heterogeneidade e anacronismo.
Idioma: Portuguese
Registro: 2024-08-17 14:49:45
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