O aluno surdo aprendendo inglês em escola inclusiva: uma perspectiva Vygotskiana - (2010)

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Tânitha Gléria de Medeiros, Maria Cristina Faria Dalacorte Ferreira

Volume: 23 - Issue: 36

Resumo. Este artigo surgiu da necessidade de dirigir o nosso olhar para um cenário no qual a escola não pode mais omitir-se: o ensino de inglês para alunos surdos. Apresenta-se uma análise das interações observadas durante uma aula de inglês na qual dois alunos surdos e uma intérprete discutem um texto. Essa investigação foi feita à luz do parâmetro sociocultural de Vygotsky (1998) no qual os conceitos de zona de desenvolvimento proximal, internalização e andaimes (scaffolding) serão discutidos. Algumas considerações acerca do surgimento da inclusão e que causas ela promove, bem como as leis que a norteiam serão abordadas. Devido ao número pequeno de participantes, esta pesquisa configura-se como um estudo de caso (BOGDAN E BIKLEN, 1994). A partir dos resultados obtidos, esta pesquisa demonstra que os participantes, ao realizarem atividades que envolvem a interpretação do texto, o fazem de forma colaborativa, no qual a intérprete tem a função de par mais competente (VYGOTSKY, 1998). Pelo oferecimento de scaffolding (WOOD, BRUNNER e ROSS, 1976; LANTOLF e APPEL, 1994; ANTÓN e DICAMILLA, 1999; DONATO, 2000; MELLO, 2002), a aquisição da língua inglesa e também da língua portuguesa e Libras foram possíveis. Sendo assim, considera-se importante a filosofia do bilinguismo, pois o aluno surdo precisa conviver com sua comunidade para construir sua fala (Libras), identidade e cultura. Os dados demonstram que os alunos surdos têm um posicionamento ativo, participante na discussão do texto com a intérprete. Palavras-chave: Teoria sociocultural. Aprendizagem de inglês. Alunos surdos.

Idioma: Portuguese

Registro: 2024-10-19 22:38:50

https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/1436

10.5902/1984686X1436