Emergência de um modelo de educação como prática de resistência à discriminação e à opressão da diversidade cultural - (2024)

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Elizandra Iop, Sergio Paulo de Oliveira, Claudio Luiz Orço

Volume: 49 - Issue: 1

Resumo. O presente artigo objetiva refletir acerca das concepções pedagógicas que nortearam a educação brasileira durante séculos. Para tanto, são analisadas as teorias tradicionais hegemônicas de base eurocêntrica, tais como: a Teoria Tradicional Católica, a Teoria Tradicional Leiga, a Escola Nova e a Educação Tecnicista. Elaborado por meio de pesquisa bibliográfica exploratória, este estudo é construído a partir de uma perspectiva crítica com base nas seguintes categorias teóricas: Estado Monista, Concepções Hegemônicas de Educação, Estado Pluralista, Perspectiva Decolonial, Interculturalidade, Diversidade Cultural e Educação Decolonial. Constatou-se que as práticas pedagógicas pautadas em valores eurocêntricos historicamente não reconheciam a diversidade e as diferenças culturais presentes no espaço escolar e na sociedade em geral. Assim, negros, indígenas, mulheres, entre outros segmentos sociais, têm sido discriminados e colocados à margem das decisões e dos espaços democráticos. Portanto, esta produção teórico-científica defende e propõe a adoção de um modelo educacional baseado na Perspectiva Decolonial com vistas a enfrentar essa situação em que as injustiças e desigualdades sociais se manifestam na pobreza, racismo, sexismo e outras formas de opressão e violência. Além disso, argumenta-se que a educação é a ferramenta mais adequada para enfrentar as ameaças que vêm sendo levantadas nos últimos anos em relação ao respeito e aceitação da diversidade e das diferenças culturais que permeiam a sociedade brasileira.

Keywords: Educação, Teorias hegemônicas, Perspectiva decolonial

Idioma: Portuguese

Registro: 2024-10-19 22:32:44

https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/71893

10.5902/1984644471893