Abstract. Este ensaio destaca diferenças e similaridades entre habitar e viajar entre o povo Wauja, Alto Xingu. Ao tencionar esses dois verbos, percebe-se o ato de viajar como uma forma de criar moradias provisórias e de transpor a casa para lugares estrangeiros. Assim, qual seria a medida entre a assimilação de hábitos novos e a manutenção do ethos da própria casa? Em que medida ela se tornaria permeável aos lugares vividos nos contextos de viagens? Por meio de uma etnografia multissituada construída junto aos viajantes Wauja, persegui tais reflexões, descritas aqui através da teoria antropológica, da geografia e da filosofia.