A Festa das Tribos: perspectivas folkcomunicativas em um cenário de resistência - (2020)
Acessos: 37
Nair Santos Lima
Volume: 18 - Issue: 41
Resumo.
O Festival das Tribos Indígenas ou Festribal é um evento que ocorre anualmente desde o ano
de 1995 na cidade de Juruti (Pará), na Amazônia brasileira, e compreende à competição entre
as “tribos” Munduruku e Muirapinima, concorrentes dessa manifestação da cultura popular. A
Amazônia sintetiza simultaneamente a singularidade e a complexidade de um território que
em tempo muito antigo apresentava um cenário abundante, habitado por diversos
grupamentos humanos (tribos), além de que, em tempos modernos, agrega marca e produto.
A partir do século XVI, com a colonização e a chegada do europeu, houve um tensionamento
entre culturas que resultou na dupla consciência, efeito da ampla violência que transmutouse, evidenciando-se nas festas populares. Com foco na diversidade cultural da região e da
comercialização de seus produtos, a publicidade criou a “marca” Amazônia, nas festas, na
música, na dança, na artesania regional etc., e, a partir da origem e projeção da festa, este
artigo buscou identificar nas letras das músicas da Festa das tribos, em 2019, modos de
resistência representados nessa manifestação da cultura popular e o modo como esse
sentimento é expresso. A partir de uma abordagem qualitativa e objetivo exploratório, fez-se
uma análise semiótica do evento, por meio do audiovisual na Plataforma YouTube - pela
percepção e apreensão dos sentimentos desses povos. Embora ressignificadas, as festas
indígenas se perenizaram com base na oralidade, na contação de histórias de seus povos, dos
mitos, crenças e das festas vivenciadas por seus antepassados. Essa análise encontra abrigo na
teoria da folkcomunicação.
Keywords: festival of the tribes, double consciousness, resistance, folkcommunication
Idioma: Portuguese
Registro: 2024-08-17 14:53:22
https://revistas.uepg.br/index.php/folkcom/article/view/2525/563563798