Resumo. Sementes de Bixa orellana possuem alto teor de bixina em uma fina camada externa. Sabe-se que alguns carotenoides apresentam ação alelopática em sementes de vegetais. Este estudo teve por objetivo realizar através da prospecção fitoquímica qualitativa, determinar o teor de bixina quantitativamente e avaliar a partir dos extratos aquoso e etanólico 95% das sementes trituradas de B. orellana sobre o efeito alelopático sobre duas sementes de grandes culturas. Sementes de B. orellana foram trituradas e os extratos produzidos. A prospecção fitoquímica foi realizada qualitativamente onde resultados positivos foram determinados pela alteração de coloração e formação de corpo de fundo em diferentes reagentes. O teor de bixina foi determinado por espectroscopia no ultravioleta e expressa em percentagem. A atividade alelopática foi determinada em diferentes concentrações de extrato aquoso e etanólico 95% sobre sementes de Glycine max e Zea mays. Foram obtidos resultados positivos para diversos grupos fitoquímicos como flavonoides, taninos, açúcares, carotenoides, compostos alifáticos e cumarinas, o teor de bixina foi de 1,32% e 3,68% em ambos os extratos produzidos a partir das sementes de urucum (aquoso e etanólico 95%), respectivamente. O extrato aquoso demonstrou ser nçao significativo sobre a taxa de germinação em G. max e Z. mays, embora tenha demonstrado influenciar no tamanho radicular em ambas as espécies. Já o extrato etanólico 95%, demonstrou ser altamente eficaz sobre a atividade alelopática tanto para o índice de germinação quanto para desenvolvimento radicular nas espécies alvo. Os extratos aquosos e etanólico 95% de Bixa orellana apresentaram riqueza de fitocompostos extraíveis, no teor de bixina e com eficácia sobre a atividade alelopática.