Resumo. Este artigo joga luz no imbricamento entre a colonialidade e o racismo, bem como, no entretecimento entre a decolonialidade e o antirracismo, com ênfase nas práticas de resistências negras, compreendidas como práxis insurgentes presentes tanto em marcos legais e jurídicos brasileiros, quanto desenvolvidas por professoras/es comprometidas/os com a transformação social por meio de uma educação intercultural crítica e na construção de uma sociedade fraterna, equânime e democrática. Para atingirmos esse escopo, trazemos as reflexões teóricas acerca dos conceitos de colonialidade, racismo, decolonialidade, interculturalidade crítica e práxis insurgentes, bem como, as discussões levantadas pelas teses das autoras, defendidas pelo Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade Federal de Santa Catarina (PPGE-UFSC): “Entre silenciamentos e resistências: educação das relações étnico-raciais nas narrativas de professoras/es de Ciências Biológicas da UFSC” (PINHEIRO, 2020) e “Andarilhagens de professorxs: práticas de resistências negras na escola pública em Pelotas - RS” (PAULA, 2020).  No texto privilegiamos a escuta das narrativas, vozes (RIBEIRO, 2017), memórias e experiências (BENJAMIN, 2012) de professoras/es comprometidas/os com a luta antirracista e decolonial, bem como, teóricas/os terceiro-mundistas, em especial autoras/es negras/os e indígenas. Demarcando assim, posição teórico-metodológica e política ao escolher os referencias epistemológicos, as vozes que não se silenciam, que falam, que gritam junto conosco contra as injustiças da Colonialidade/Modernidade!