Resumo. O desenvolvimento acelerado das ciências, associado à diversificação dos usos das tecnologias da informação e da comunicação (TIDICs) em diversos aspectos sociais, econômicos, educacionais, entre outros, em uma sociedade marcada por novas relações de produção e socialização do conhecimento, faz com que a Educação à Distância (EaD) venha se constituindo como uma alternativa para a democratização do ensino superior, razão pela qual é necessário avançar no desenvolvimento de estudos que apontem caminhos para a melhor compreensão desta modalidade e para o aprimoramento da sua implementação.  Com esse objetivo, este trabalho analisa o perfil socioeconômico, formativo e profissional de estudantes da EaD matriculados em um Polo de Apoio Presencial situado no município de Castelo do Piauí. O universo investigado pela pesquisa foi composto por 217 estudantes dos cursos de licenciatura, bacharelado, tecnólogo e especialização. Os dados foram obtidos por meio da aplicação de um questionário durante o período letivo 2024.1. Os resultados apontam que há uma predominância de estudantes na faixa etária de 18 a 25 anos (57,6%), pardos/as e pretos/as (80,7%), do gênero feminino (72,8%), solteiros/as (64,11%), trabalhadores/as (44,6%), residentes em áreas urbanas (51,2%), cursando licenciatura (64,5%), com renda familiar de até um salário-mínimo (69,6%), cujas famílias são analfabetas ou com baixos índices de escolaridade (superior a 55%). Conclui-se que é necessário ampliar os estudos que evidenciem a heterogeneidade dos estudantes matriculados no ensino superior desenvolvido por meio da EaD, com vistas a suscitar reflexões sobre o (re)planejamento de ações administrativas e pedagógicas voltadas ao atendimento de suas necessidades educacionais.