Sobre a necessidade de uma nova filosofia da natureza - (2017)

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Sarah Moura

Volume: 2 - Issue: 1

Resumo. Hans Jonas (Alemanha, 1903 – EUA, 1993) considera a compreensão moderna da Natureza como objeto da ciência um grande equívoco que repercutiu profundamente na humanidade e na biosfera. A hegemonia tecnocientífica da sociedade de consumo de nosso tempo pode ser entendida como uma realização do projeto moderno, cujo êxito se mostra, já há várias décadas, como uma verdadeira ameaça para a vida humana e não-humana de todo o globo terrestre. No Princípio Vida, Jonas refuta o dualismo cartesiano e sustenta uma visão do homem integrado à natureza, e que seres humanos e natureza integram um mesmo sistema, no qual a nossa espécie, como todas as outras, irrompeu da natureza e dela depende para existir. Franck Tinland, Professor Emérito de Montpelier III, nascido na França em 1932, corrobora e enriquece as sustentações jonasianas, asseverando a exigência de uma nova Filosofia da Natureza. Esta comunicação evidencia as convergências entre Jonas e Tinland, que se preocupam em fundar, a partir de uma Filosofia da Vida ou de uma Filosofia da Natureza, uma nova ética que visa a preservação da vida futura, que reflita sobre o agir humano dominado pela tecnociência e pelo consumismo, que analise as ameaças decorrentes desse comportamento predador, ou seja, uma ética da responsabilidade pela vida.

Keywords: hans jonas, franck tinland, filosofia da natureza.

Idioma: Portuguese

Registro: 2024-08-17 14:40:30

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