Resumo. Este estudo objetiva discutir a necessidade de um diálogo acerca da inclusão digital na Educação de Jovens e Adultos (EJA), por meio de ferramentas tecnológicas, as quais devem contribuir para uma educação menos excludente, que insira os discentes na era da Informação, pois esta é um direito de todos e a escola é um espaço de desenvolvimento de valores de uma sociedade democrática e cidadã. O percurso metodológico constitui-se pelo caráter bibliográfico e abordagem qualitativa. Fundamenta-se essa discussão nos autores: Betts (1998), Castells (2013), Freire (1997; 2001), Gomes (2002), Grinspun (2009), Sancho; Hernandez (2006), entre outros. No alcance do objetivo propõe-se responder a seguinte questão: os recursos tecnológicos podem mediar o processo de ensino e aprendizagem em EJA, tendo em vista um bom desempenho docente e discente?  Os resultados mostram que as inovações tecnológicas não são boas, nem más, o que o homem faz delas é que define seus benefícios para sociedade e para as diversas áreas do conhecimento. Portanto, os sujeitos envolvidos não podem omitir-se de analisá-las e utilizá-las no processo de ensino e aprendizagem. Infere-se que a aliança entre EJA e tecnologias torna-se necessária à docência no seu tempo e espaço, possibilitando intervenções e posicionamentos no fazer pedagógico, o que pressupõe docentes com uma pedagogia ativa e alunos protagonistas no processo de aprendizagem. Espera-se assim, que esse estudo possa suscitar debates sobre tecnologias digitais em EJA por meio de uma concepção técnico-política, ética e cidadã, sem perder de vista o foco no mundo do trabalho.