O Princípio Responsabilidade e a engenharia genética - (2024)
Acessos: 21
Marijane Lisboa
Volume: 2 - Issue: 1
Resumo.
RESUMO: À época em que Hans Jonas desenvolveu sua reflexão sobre a Ética necessária a uma
era tecnológica, as plantas transgênicas ainda não eram uma realidade. Pouco tempo depois da
sua morte, no entanto, já se plantavam soja, milho, canola e algodão transgênicos em todos os
continentes, alimentos que daí em diante farão parte da dieta global, animal e humana. Embora
promovida e defendida pelas grandes corporações internacionais de biotecnologia e pelos países
líderes no terreno da inovação tecnológica e patenteamento, cientistas, filósofos e segmentos da
sociedade civil em todo o mundo manifestaram fortes restrições à liberação de plantas
transgênicas no meio ambiente e na alimentação humana e animal. Além de desnecessária, a
engenharia genética é uma tecnologia demasiadamente nova cujos efeitos colaterais são
imprevisíveis e caso negativos, irreversíveis, tanto no que se refira à agrobiodiversidade, quanto à
saúde humana e animal. Por isso, ainda que Hans Jonas não tenha tido a oportunidade de refletir
especificamente sobre essa tecnologia, deveríamos recorrer ao seu Princípio Responsabilidade
como fundamento ético do Princípio da Precaução, uma vez que se trata de preservar as
condições necessárias à continuidade da espécie no planeta.
PALAVRAS-CHAVE: Princípio Responsabilidade; Engenharia Genética; Princípio da
Precaução.
Keywords: Princípio Responsabilidade, Engenharia Genética, Princípio da Precaução
Idioma: Portuguese
Registro: 2024-08-17 14:40:16
http://v3.cadernoscajuina.pro.br/index.php/revista/article/view/453