Arthur Schopenhauer e a Noção de Compaixão como Fundamento Moral - (2024)
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Marli Ferreira de Carvalho Damasceno, Marcus Antonio de Sousa Filho
Volume: 9 - Issue: 5
Resumo.
Influenciado profundamente pelo idealismo transcendental de Immanuel Kant, Arthur Schopenhauer elaborou um sistema metafísico e ético que, ao longo dos anos, tem sido descrito como uma manifestação paradigmática do pessimismo filosófico. No Livro IV de sua obra O Mundo como Vontade e Representação, Schopenhauer apresenta uma teoria ética inovadora, na qual a compaixão é destacada como o verdadeiro fundamento da moralidade. Esta perspectiva contrasta significativamente com os grandes sistemas éticos da tradição filosófica ocidental, como o de Aristóteles, que vê a virtude como algo que pode ser cultivado e ensinado através de práticas sistemáticas e educativas. Para Schopenhauer, a virtude não pode ser ensinada nem adquirida por meio de sistemas éticos formais, uma vez que tais sistemas não têm o poder de transformar efetivamente o caráter moral dos indivíduos. Em vez disso, ele argumenta que a compaixão, entendida como a capacidade de se identificar com o sofrimento alheio e de agir para aliviar esse sofrimento, é a base essencial sobre a qual a moralidade deve ser construída. A problemática central deste trabalho é a seguinte: como Schopenhauer desenvolve e justifica a compaixão como o fundamento moral em sua filosofia? Para responder a essa questão, o estudo será conduzido por meio de uma análise detalhada dos textos de Schopenhauer, incluindo O Mundo como Vontade e Representação, além de uma revisão crítica de teses, dissertações e outras publicações acadêmicas que discutem a teoria ética schopenhaueriana. A pesquisa visa esclarecer como a teoria ética de Schopenhauer oferece uma alternativa ao pensamento moral tradicional, destacando a compaixão como um princípio fundamental na formação da moralidade e na compreensão do comportamento ético.
Keywords: Vontade, Representação, Compaixão, Egoísmo
Idioma: Portuguese
Registro: 2024-10-19 22:31:18
http://v3.cadernoscajuina.pro.br/index.php/revista/article/view/633