Resumo. A espécie invasora Cryptostegia madagascarinsis constitui uma ameaça à biodiversidade de vastas áreas da Caatinga e ecossistemas associados, devido a sua  capacidade de dominar os mais diversos ambientes, onde se estabelece formando densos maciços populacionais, competindo, com vantagens, com as flora autóctone. Neste sentido, este trabalho teve como objetivo avaliar o crescimento inicial através da biomassa seca de C. madagascariensis em solos do bioma caatinga sob efeitos da salinidade e umidade. A pesquisa foi desenvolvida em abrigo telado do Laboratório de Ecologia Vegetal, do Departamento de Fitotecnia e Ciências Ambientais, do Centro de Ciências Agrárias, da Universidade Federal da Paraíba, Areia-PB no período de agosto de 2015 a janeiro de 2016. Os tratamentos foram organizados em esquema fatorial 4x4x2, sendo quatro níveis de salinidade, quatro níveis de umidade e dois tipos de solos. Os tratamentos foram distribuídos em blocos casualizados, com quatro repetições e a unidade experimental constituída por um vaso contendo quatro plantas. Aos 30 dias após a semeadura foram avaliados: diâmetro do caule, altura, número de folhas, área foliar, tamanho da folha, massas secas da folha, do caule, da parte aérea, da raiz e total, relação entre biomassa seca da raiz e da parte aérea. A maioria das variáveis avaliadas foi influenciada negativamente pelo incremento da salinidade, com menor intensidade quando o substrato foi mantido com baixa e elevada umidade, apenas o número de folhas no Vertissolo foi estimulado pelo aumento da salinidade. A baixa disponibilidade de água no solo, assim como a sua saturação (alagado), restringiu o crescimento das plantas, principalmente no Neossolo Flúvico, mas não o impediu, caracterizando que a C. madagascariensis é uma espécie que necessita estar em níveis de umidades próximos a capacidade de campo para o seu máximo desenvolvimento. Esta espécie também mostrou ser eficiente na absorção de água.