É possível ver imagens? (ou do porquê van Fraassen deveria rever a sua abordagem em relação a elas) - (2018)
Acessos: 45
Alessio Gava
Volume: 18 - Issue: 2
Resumo.
Em seu último livro (2008), Bas van Fraassen, o fundador do empirismo construtivo, propôs uma categorização das imagens em forma de tabela. O intuito dele, todavia, era discutir da realidade daquilo que essas representam e não enfrentar a questão das imagens em si. Uma das consequências é que permaneceu em aberto saber o que seriam, então, aquelas imagens que o filósofo holandês chama de alucinações públicas – reflexos na água, miragens no deserto, arco-íris, etc. Neste artigo será defendido que somente deveriam ser consideradas como imagens aquelas que o são no sentido relevante (representacional) e que, por essa e outras razões, a tabela de van Fraassen deveria ser corrigida. Ademais, como a física nos ensina, a classe das imagens que têm esse nome, mas que na verdade são objetos, é mais ampla do que van Fraassen pensa(va). O conjunto dos objetos que podem ser observados não contém somente coisas concretas, mas vai além daquilo que o ‘realismo do senso comum’ sugere. Além de pedras, oceanos, bicicletas, podemos ver também arco-íris, reflexos na água e fenômenos similares.
Keywords: Alucinações públicas; Empirismo construtivo; Imagens; Observação; Van Fraassen.
Idioma: Portuguese
Registro: 2024-08-17 14:45:18
https://www3.ufrb.edu.br/seer/index.php/griot/article/view/976