O lugar da obra de arte na filosofia do sublime do século XVIII - (2020)

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Renata Covali Cairolli Achlei

Volume: 20 - Issue: 3

Resumo. A relação entre o sublime e a arte, a princípio, soa natural e certa, mas ao longo do século XVIII algumas teorias afastaram essa categoria da produção artística. Foram décadas notadamente frutíferas nas questões sobre o sublime, período em que não só o sublime recebe seu título de categoria estética como destacadamente participa das questões epistemológicas da recém cunhada disciplina Estética. Nesse cenário, alguns pensadores se voltam exclusivamente para o sublime natural. Esse artigo procurará mostrar o caminho percorrido por esse conceito a partir da recepção pelos ingleses, em 1689, do tratado sobre retórica do século I d.C. intitulado Peri Hypsos, traduzido por Boileu-Despréaux como Sobre o Sublime e atribuído ao crítico grego Cassius Longinus. Visitaremos as teorias de pensadores como Joseph Addison, Edmund Burke e Immanuel Kant, que apontam para o sublime exclusivamente como contemplação da natureza, e encerraremos essa jornada na reinserção do drama trágico na categoria sublime por Friedrich Schiller. Fecha-se, dessa forma, o que chamamos aqui de “ciclo do sublime natural”, que se inicia na leitura característica dos britânicos empiristas, encontra sua mais bem acabada teoria na terceira Crítica kantiana e se encerra no trabalho teórico e literário do poeta de Weimar.

Keywords: Sublime Natural; Estética Setecentista; Kant; Burke; Schiller.

Idioma: Portuguese

Registro: 2024-08-17 14:45:13

https://www3.ufrb.edu.br/seer/index.php/griot/article/view/1935

10.31977/grirfi.v20i3.1935