Resumo. O Grotesco tem seu lugar nas categorias estéticas. Este lugar se intensificou quando artistas se afastaram da ideia do Belo como referência tradicional e hegemônica da Arte Visual e passaram a produzir obras que assumiam posições intencionalmente contrárias à concepção tradicional de Beleza Idealizada, investindo no Feio como atitude opositiva ou expressiva, especialmente a partir do momento em que as proposições experimentais e contestatórias foram adotadas no caminho para o Modernismo. A oposição dicotômica entre Belo e Feio possibilitou o desdobramento para o Grotesco na medida em que ele, o Grotesco, ao surgir da fealdade, levou alguns artistas a recorrerem ao uso de formas densas, intensas e até mesmo agressivas num segmento estético que passou a tematizar aspectos escatológicos, mórbidos e grotescos. Este é o motivo que levou ao desenvolvimento deste trabalho cujo objetivo é explanar as relações entre o atavismo que envolve as relações humanas com a morte e a morbidez usando imagens fotográficas e a aproximação com a semiótica discursiva para refletir sobre o Grotesco a partir de um núcleo opositivo fundamental: Beleza versus Feiura ou Grotesco como estratégia metodológica para análise da produção de sentido.