Trauma, história e luto: a perlaboração da violência - (2018)
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Johnny Roberto Rosa
Volume: 10 - Issue: 25
Resumo.
Dar-se-á aqui atenção à dinâmica do reconhecimento de certos eventos traumáticos, de processos sociais de exteriorização – e historicização – da violência traumática à perlaboração do passado. Logo, assinalar-se-ão os pontos fundamentais, tensões e limites à compreensão do que marca a estrutura de significado do trauma em nível psicológico e sociocultural. Desse modo, faz-se necessário averiguar os estudos sobre as implicações teóricas dos conceitos psicanalíticos de perlaboração, trauma e luto, ao esforço de representação e superação de uma experiência de violência pretérita. No centro dessas questões estão as ligações entre o trauma e as possibilidades (dilemas) da representação narrativa. Tais questões são cruciais para o entendimento dos debates sobre os esforços compreensivos de explicação e representação de algumas das questões mais urgentes com relação à construção do significado histórico e com relação à consolidação de uma sociedade marcada pelos efeitos duradouros e permanentes dos traumas das injustiças pretéritas. Esses dilemas, por representarem uma ameaça à significação e aos contornos da própria ação, e as demandas por reconhecimento representativo da violência e do sofrimento, cujos termos precisam ser mediados, confrontados e compreendidos como prática cultural de memória coletiva, são cruciais para a compreensão dos debates sobre a memória da violência e sua suposta transformação e recuperação.
Palavras-chave: Trauma. História. Luto. Perlaboração.
Idioma: English
Registro: 2024-08-17 14:54:05
https://periodicos.udesc.br/index.php/tempo/article/view/12423