Comunicação, cultura e identidade: reflexões epistemológicas - (2018)

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Gilberto Giménez

Volume: 16 - Issue: 36

Resumo. Como “ciência de encruzilhada”, a ciência da comunicação tem um estatuto paradoxal no campo das ciências sociais, devido, de um lado, ao seu caráter híbrido e plural; e do outro, pelo fato de que todo ato comunicacional constitui um “fenómeno social total”, pelo qual não se transmite somente uma mensagem, mas também, uma cultura, uma identidade e o tipo de relação social que une os interlocutores. Parte daqui a dificuldade de definir, de modo unívoco, o que é a comunicação. John Fiske distingue, a grosso modo, duas escolas a esse respeito: a “escola do processo”, baseada no clássico modelo linear; e a “escola semiótica”, que concebe a comunicação como produção e recepção de significados num contexto cultural. Atualmente, os teóricos da comunicação se fundamentam, cada vez mais, nesta última “escola”, ou tendência, na medida em que sempre tendem a ir mais além do simples intercâmbio de mensagens em suas pesquisas, para adotar o que chamam de uma “concepção transacional”, que incorpora a relação com a cultura e a identidade como capítulos centrais da teoria da comunicação.

Keywords: communication, culture, identity, epistemology, social sciences

Idioma: Portuguese

Registro: 2024-08-17 14:53:25

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10.5212/RIF.v.16.i36.0001